domingo, 1 de maio de 2011




SOPRO DO ACORDEÃO

Eu estava só
no meio da multidão,
pesando as pernas,
pensando o feito.
Doía o peito,
minha caverna,
templo de solidão.
Eu era dó
na música terna
soprada no acordeão.
Eu não era verbo, era sujeito.

Amélia de Morais

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