quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


Meu coração, minha alma, meu corpo
buscam a mim em todos os cantos
em todos os tempos
de todas as formas
para que possa cantar
meus lugares,
minha vida,
meus amores.
Sem contagem regressiva, sem contagem progressiva.
Porque meu tempo é agora
e minha força a palavra.

Convido-os, poetas,
a dançar ciranda de letras.

Amélia de Morais

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CIRANDA DE VERSOS

Ao brilho do luar
ao som das ondas
nas areias de Itamaracá
dançamos a ciranda redonda

Cantamos a doce melodia
que a noite entrega ao dia
de mãos dadas, unidas
no passo lento da vida

Circular sonhos sonoros
dentre barras de saias
bordado no seio da ilha

Passos, ondas...vai e vem
na melodia que enternece
mulheres à cantarolar
suavidade, parece prece.

Amélia de Moraes e Márcia Poesia de Sá

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PEDRAS

Pedra.
Forte pedra,
dura pedra.
Pedra grande (rocha)
Pequena pedra (grão).
Pé de pedra,
Pedra-pó.
Doce pedra,
pedra pura,
purpurina.
Pequenina
Pedra Azul.

Amélia de Morais

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ENTRELINHAS

E recolham
suas garras
porque
o momento
é de paz.

Amélia de Morais

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Chegadas e Partidas

As ondas batiam
nas pedras do cais.
um navio partia;
um navio chegava
com as ondas.
seus olhos piscavam,
escondendo as ondas
que vinham como lágrimas.
Águas do mar,
águas dos olhos:
salgadas.
Tristes despedidas.
Estradas - Cais.

Amélia de Morais

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