sexta-feira, 19 de novembro de 2010


PELA PRIMEIRA VEZ

Não sei quando
entraste no meu ritmo,
entraste no meu tempo,
entraste no meu vácuo,
entraste no meu sangue.

Apenas eu, conhecia
profundamente
as batidas do meu coração
e dançava só
a valsa do sossego
e o frevo da agonia,
quando tomaste-me
pela mão,
conduzindo-me pelo meu corpo,
como se jamais
eu tivesse estado ali.

Foi a primeira vez
que uma rosa brotou do meu sorriso
e a última que dos olhos brotaram chuva.

Amélia de Morais

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