domingo, 13 de novembro de 2011


Recife

Minha cidade emprestada,
adotada,
minha cidade
recortada,
molhada,
bela.
Antiga e moderna,
misteriosa e aberta,
exposta ao mar,
aos rios.
Minha cidade dos outros.
Cidade onde construí
meus castelos de areia,
alguns derrubados pelo vento
que soprou forte, muito forte.
Sobraram três torres,
muito mais fortes que o vento,
três lindas torres,
todas filhas legítimas
de minha cidade emprestada.

Amélia de Morais

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