terça-feira, 11 de outubro de 2011


OS OLHOS DA MADRUGADA
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Encontrei frente a frente
os olhos da madrugada
naquela curva escura
onde não se via nada

Os olhos negros, brilhantes
cansados de nunca dormir
choravam as águas do mundo
o medo do breve porvir

Sabiam da sina certa
ali à frente orquestrada
eles, tão escuros, sombras
não veriam outra alvorada

A luz que em breve sobreviria
baniria a sombria tristeza
e aos olhos escuros da noite
nem à história pertenceria, era certeza

Amélia de Morais & Anorkinda

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