quinta-feira, 7 de julho de 2011


De Perda e Esperança

E foi quando se desfez o encanto,
Que minha poesia partiu.
Era feita de pranto e canto,
De luz e escuridão.
Era a dor que não se cansava,
Alegria que nunca findava,
Inspiração, emoção...

Em conversas com a lua,
Namorando as estrelas,
Brincando na madrugada,
Com a alma iluminada,
Tão somente pela ilusão,
Que se desfez, virou pó.
Agora fico a olhar a imensidão,
Na solidão, vivo só...

Meus olhos - vazio infinito,
a voz guardada na lua.
A minha poesia nua,
despida de encantamento,
hoje trago escondida
debaixo da pele fina
da palma da minha mão.

E basta um corte de leve,
sutil sentimento de estima,
pra que a palavra breve,
mas plena de poesia,
retorne ao berço de luz
e eu volte a cantar a lua,
e eu volte a lançar na rua
os versos de alegria.

Jane Moreira e Amélia de Moraes

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário