domingo, 17 de fevereiro de 2013



ERA ASSIM...

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Saudade danada
da liberdade da infância,
da imprudência da voz,
da inocência do sorriso.

Saudade daquela jornada
sem hora e sem distância,
onde todos eram nós
e brincar era preciso.

Saudade até do pito!
Daquele olhar enviesado,
do silêncio que dizia tudo,
do medo da hora seguinte.

Saudade do sonho infinito
e do futuro sempre adiado.
Meu verso ainda desnudo
era, então, meu ouvinte.

Amélia de Morais.

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