SERENIDADE
Vivi esquecida de mim.
Sonhava os sonhos de outros,
andei em propriedades alheias,
rezei em restos de terço...
Encontrei-me, de repente,
nua,
triste,
vazia,
olhando-me no espelho.
Chorei todas as lágrimas - lavei-me,
esmurrei os meus fantasmas - vinguei-me,
cantei inúmeras palavras - ninei-me.
Olhei ao redor,
só via a mim.
Finalmente me achei
escondida atrás da porta da infância.
Saí pra sala,
pra varanda,
pro jardim,
pra vida.
Inteira, feliz, serena.
Amélia de Morais
Vivi esquecida de mim.
Sonhava os sonhos de outros,
andei em propriedades alheias,
rezei em restos de terço...
Encontrei-me, de repente,
nua,
triste,
vazia,
olhando-me no espelho.
Chorei todas as lágrimas - lavei-me,
esmurrei os meus fantasmas - vinguei-me,
cantei inúmeras palavras - ninei-me.
Olhei ao redor,
só via a mim.
Finalmente me achei
escondida atrás da porta da infância.
Saí pra sala,
pra varanda,
pro jardim,
pra vida.
Inteira, feliz, serena.
Amélia de Morais
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Parabéns pelo espaço e pela riqueza dos textos.
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